A Epilepsia pode afetar pessoas de todas as idades e pode ter diversas causas, incluindo lesões cerebrais, infecções, doenças genéticas ou outras condições médicas subjacentes. O tratamento geralmente envolve medicação antiepiléptica, embora em alguns casos, a cirurgia ou outras opções de tratamento possam ser necessárias. Saiba mais!

O que é Epilepsia?

Epilepsia é um distúrbio neurológico crônico caracterizado por convulsões recorrentes, que ocorrem devido a uma atividade elétrica anormal no cérebro. Essa atividade anormal pode causar uma variedade de sintomas, desde movimentos involuntários até perda de consciência. 

Como a Epilepsia afeta as pessoas?

A epilepsia pode afetar as pessoas de diferentes maneiras, dependendo da frequência, intensidade e tipo de crises epilépticas que elas experimentam. Algumas pessoas com epilepsia têm apenas uma ou duas crises durante a vida, enquanto outras têm crises frequentes e incapacitantes. As crises epilépticas podem variar em gravidade, duração e sintomas, e podem incluir convulsões, perda de consciência, movimentos involuntários, sensações estranhas ou alterações no comportamento ou no humor.

Sintomas da Epilepsia

Há vários sintomas da EPILEPSIA. Veja mais!

Convulsões

As convulsões são um dos principais sintomas da epilepsia. Elas são causadas por uma atividade elétrica anormal no cérebro, que pode levar a sintomas como contrações musculares involuntárias, tremores, movimentos descoordenados, perda de consciência, entre outros. As convulsões podem variar em intensidade e duração, dependendo do tipo e da gravidade da epilepsia.

Alterações sensoriais e emocionais

Além das convulsões, a epilepsia pode causar alterações sensoriais e emocionais. As pessoas com epilepsia podem experimentar diferentes tipos de sensações, como formigamento, dormência, tontura, visão turva, sensação de déjà vu, cheiros ou sons estranhos, entre outros. Essas sensações são conhecidas como “aura” e podem ocorrer antes, durante ou após uma convulsão.

Em relação às alterações emocionais, as pessoas com epilepsia podem ter alterações de humor, como depressão, ansiedade, irritabilidade ou agressividade. Também é possível que experimentem alterações no comportamento, como impulsividade, comportamento obsessivo-compulsivo ou alterações no sono.

É importante notar que as alterações sensoriais e emocionais podem variar muito de pessoa para pessoa e de acordo com o tipo de epilepsia que a pessoa tem. Por isso, é essencial que o diagnóstico e o tratamento sejam feitos por um médico especialista em neurologia clínica.

Perda de consciência

A perda de consciência é um dos possíveis sintomas da epilepsia, mas nem todas as pessoas com epilepsia têm esse sintoma. Na verdade, a maioria das crises epilépticas não envolve perda de consciência.

Sintomas após a convulsão

Após uma convulsão, a pessoa pode sentir sintomas como confusão, sonolência, dor de cabeça, náusea, vômito e fadiga. Dependendo da intensidade e duração da convulsão, a pessoa pode apresentar um período de recuperação mais longo e sentir-se fisicamente fraca ou com dores musculares. 

Tipos de Epilepsia

Veja os tipos de epilepsia a seguir:

Epilepsia focal

A epilepsia focal, também conhecida como epilepsia parcial, é um tipo de epilepsia que se origina em uma área específica do cérebro. A crise epiléptica focal pode se manifestar como um sintoma sensorial, motor ou cognitivo, dependendo da região cerebral afetada.

Epilepsia generalizada

A epilepsia generalizada é um tipo de epilepsia que afeta ambos os hemisférios cerebrais do cérebro simultaneamente. É caracterizada por convulsões que começam em ambos os lados do cérebro ao mesmo tempo, o que pode levar a perda de consciência e/ou movimentos involuntários em todo o corpo. 

Epilepsia do lobo temporal

A epilepsia do lobo temporal é uma forma comum de epilepsia focal, que afeta a parte do cérebro chamada lobo temporal. É caracterizada por crises epilépticas recorrentes que podem envolver movimentos descoordenados, perda de consciência, sensações estranhas ou emoções intensas.

Epilepsia ausência

A epilepsia de ausência, também conhecida como epilepsia de pequeno mal, é um tipo de epilepsia generalizada que afeta principalmente crianças e adolescentes. O sintoma principal dessa condição é uma breve perda de consciência que dura apenas alguns segundos, geralmente acompanhada de uma interrupção repentina na atividade e na conversa da pessoa. 

Causas da Epilepsia

Há muitas causas da epilepsia. Confira!

Lesões cerebrais

As causas da epilepsia são diversas e podem ser classificadas em duas categorias principais: causas estruturais e causas não estruturais. As lesões cerebrais são uma causa estrutural comum da epilepsia. As lesões cerebrais que podem causar epilepsia incluem:

  • Traumatismo craniano
  • Acidente vascular cerebral (AVC)
  • Infecções cerebrais, como meningite e encefalite
  • Tumores cerebrais
  • Anomalias congênitas do cérebro, como a esclerose tuberosa
  • Malformações arteriovenosas (MAVs), que são malformações dos vasos sanguíneos no cérebro
  • Hidrocefalia, um acúmulo de líquido no cérebro que pode causar pressão excessiva
  • Esclerose múltipla, uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central

Distúrbios genéticos

Distúrbios genéticos podem ser uma causa de epilepsia em algumas pessoas. Algumas condições genéticas podem afetar o desenvolvimento do cérebro e predispor os indivíduos à epilepsia. Por exemplo, a síndrome de Down e a esclerose tuberosa são doenças genéticas que aumentam o risco de desenvolver epilepsia. Além disso, certas mutações genéticas podem causar epilepsia de início precoce, como a síndrome de Dravet e a síndrome de Lennox-Gastaut. No entanto, a maioria dos casos de epilepsia não tem uma causa genética clara.

Infecções cerebrais

Infecções cerebrais também podem ser uma causa de epilepsia. Alguns exemplos de infecções que podem levar à epilepsia incluem meningite, encefalite, neurocisticercose (infecção pelo parasita da tênia) e abscessos cerebrais. Essas infecções podem danificar o tecido cerebral e desencadear a atividade elétrica anormal que causa as convulsões. É importante tratar rapidamente essas infecções para reduzir o risco de desenvolver epilepsia.

Tumores cerebrais

Tumores cerebrais podem ser uma causa de epilepsia. Isso ocorre porque os tumores cerebrais podem comprimir ou irritar as células nervosas próximas, o que pode levar à ocorrência de crises epilépticas. Além disso, os tumores cerebrais podem causar alterações na atividade elétrica do cérebro, o que também pode desencadear convulsões. É importante ressaltar, no entanto, que nem todos os tumores cerebrais causam epilepsia e que nem todas as pessoas com epilepsia têm tumores cerebrais.

Desequilíbrios químicos no cérebro

Sim, os desequilíbrios químicos no cérebro podem ser uma causa da epilepsia. Alterações nos níveis de neurotransmissores, substâncias químicas que transmitem informações entre os neurônios, podem levar a convulsões. Por exemplo, um aumento no nível de glutamato, um neurotransmissor excitatório, pode aumentar a atividade elétrica no cérebro e desencadear convulsões. Além disso, alterações no equilíbrio eletrolítico, como baixos níveis de sódio, potássio ou cálcio no sangue, também podem desencadear convulsões.

Diagnóstico da Epilepsia

Confira o diagnóstico da epilepsia:

Como a epilepsia é diagnosticada

O diagnóstico de epilepsia geralmente é feito por um médico neurologista com base em uma combinação de histórico clínico detalhado do paciente, exame físico, exames de imagem cerebral e eletroencefalograma (EEG). O histórico clínico geralmente inclui uma descrição dos sintomas e frequência das crises convulsivas, bem como fatores de risco para epilepsia, como histórico familiar de convulsões ou lesão cerebral prévia. 

Testes e exames para epilepsia

Existem vários testes e exames que podem ajudar no diagnóstico da epilepsia. Entre eles estão:

  1. Eletroencefalograma 
  2. Exames de imagem do cérebro
  3. Exames de sangue
  4. Monitoramento de vídeo-EEG
  5. Testes neuropsicológicos

Diferença entre Epilepsia e outras condições de saúde

A epilepsia é uma condição de saúde específica caracterizada por convulsões recorrentes devido a uma atividade elétrica anormal no cérebro. Algumas condições de saúde podem apresentar sintomas semelhantes aos da epilepsia, mas não são consideradas epilepsia. Algumas das condições que podem ser confundidas com a epilepsia incluem:

  • Síncope: É uma perda temporária de consciência devido à redução do fluxo sanguíneo para o cérebro. Diferentemente das convulsões da epilepsia, a síncope não causa movimentos involuntários ou rigidez muscular.
  • Transtornos psiquiátricos: Algumas condições psiquiátricas, como transtornos de ansiedade e transtornos dissociativos, podem incluir sintomas que podem ser confundidos com convulsões. No entanto, esses sintomas não são causados ​​por atividade elétrica anormal no cérebro.
  • Movimentos involuntários: Algumas condições que causam movimentos involuntários, como a coreia de Huntington e a distonia, podem parecer convulsões, mas não são acompanhadas pelos padrões de atividade elétrica anormal no cérebro que caracterizam a epilepsia.
  • Síndrome das pernas inquietas: É uma condição neurológica que causa uma sensação incômoda nas pernas, que geralmente é aliviada por movimentos. Embora possa haver alguma sobreposição de sintomas com a epilepsia, não há atividade elétrica anormal no cérebro associada à síndrome das pernas inquietas.

Tratamentos para Epilepsia

Há vários tratamentos para epilepsia. Confira:

Medicações antiepilépticas

As medicações antiepilépticas são usadas para tratar e prevenir convulsões em pessoas com epilepsia. Existem vários tipos de medicamentos disponíveis, e o tratamento dependerá do tipo de epilepsia, da gravidade das convulsões e das condições médicas de cada paciente.

Alguns exemplos de medicamentos antiepilépticos incluem:

  • Carbamazepina
  • Fenitoína
  • Ácido valproico
  • Levetiracetam
  • Lamotrigina
  • Topiramato
  • Oxcarbazepina

Cirurgia de epilepsia

A cirurgia de epilepsia é uma opção de tratamento para pessoas com epilepsia que não respondem a medicamentos antiepilépticos e cujas convulsões são frequentes e graves o suficiente para afetar significativamente a qualidade de vida. A cirurgia envolve a remoção cirúrgica de uma pequena parte do cérebro que está causando as convulsões.

Estimulação do nervo vago

A estimulação do nervo vago (ENV) é uma opção de tratamento para algumas pessoas com epilepsia que não respondem a medicamentos antiepilépticos. Nesse procedimento, um dispositivo semelhante a um marca-passo é implantado sob a pele no peito e conectado ao nervo vago, que é estimulado com impulsos elétricos regulares.

Dieta cetogênica

A dieta cetogênica é um tratamento alternativo para epilepsia, especialmente em crianças com epilepsia refratária, ou seja, que não respondem bem ao tratamento com medicamentos antiepilépticos. A dieta é rica em gorduras e pobre em carboidratos e proteínas e visa induzir o estado de cetose no corpo, em que o corpo usa a gordura como fonte de energia em vez de carboidratos.

Terapia comportamental

A terapia comportamental pode ser uma opção complementar no tratamento da epilepsia, especialmente em casos em que o paciente apresenta ansiedade, estresse, depressão ou outros transtornos emocionais que podem piorar as crises epilépticas.

Cuidados em Casa para Pessoas com Epilepsia

Saiba mais sobre como gerenciar os cuidados em casa aos pacientes com epilepsia:

Gerenciando convulsões em casa

Gerenciar convulsões em casa pode ser uma tarefa desafiadora, mas algumas medidas podem ser tomadas para garantir a segurança do indivíduo durante uma convulsão:

  1. Certifique-se de que o ambiente esteja seguro: verifique se não há objetos perigosos, como móveis pontiagudos ou objetos afiados próximos ao indivíduo durante a convulsão.
  2. Proteja a cabeça: coloque algo macio, como um travesseiro, embaixo da cabeça do indivíduo durante a convulsão, para proteger a cabeça de ferimentos.
  3. Vire o indivíduo de lado: quando a convulsão terminar, vire o indivíduo de lado para evitar que ele engasgue com a saliva ou vomite.
  4. Fique com o indivíduo: fique ao lado do indivíduo durante a convulsão para monitorar e garantir que ele esteja seguro. Após a convulsão, ofereça apoio emocional.
  5. Converse com um médico: converse com um médico sobre medidas preventivas, como medicamentos antiepilépticos e técnicas de gerenciamento de estresse.

Cuidados diários para pessoas com epilepsia

As pessoas com epilepsia podem tomar algumas medidas para cuidar de si mesmas e gerenciar melhor sua condição. Alguns cuidados diários incluem:

  1. Tomar a medicação conforme prescrito: É importante seguir rigorosamente o plano de tratamento prescrito pelo médico, tomando a medicação antiepiléptica nos horários corretos e na dosagem indicada.
  2. Evitar gatilhos conhecidos: Algumas pessoas com epilepsia podem ter gatilhos específicos que desencadeiam as convulsões, como estresse, falta de sono, consumo de álcool, luzes intermitentes e alguns medicamentos. Evitar esses fatores pode ajudar a reduzir o risco de convulsões.
  3. Comunicar a condição para familiares, amigos e colegas de trabalho: Informar as pessoas próximas sobre a condição pode ajudá-las a entender melhor e apoiar a pessoa com epilepsia, além de poderem prestar ajuda em caso de emergência.
  4. Usar uma pulseira de identificação: Usar uma pulseira ou colar de identificação que informe sobre a condição de epilepsia e o nome e contato do médico pode ser útil em caso de emergência.
  5. Praticar atividades físicas seguras: É possível praticar atividades físicas com segurança, desde que sejam tomadas as precauções adequadas, como usar equipamentos de proteção, evitar esportes de contato e nadar com supervisão.
  6. Ter uma alimentação saudável: Manter uma alimentação equilibrada e saudável pode ajudar a manter o peso adequado e prevenir outras condições de saúde que podem piorar a epilepsia.
  7. Gerenciar o estresse: O estresse pode ser um gatilho para convulsões em algumas pessoas com epilepsia. Praticar técnicas de relaxamento, como meditação, yoga ou exercícios de respiração, pode ajudar a reduzir o estresse.

Comunicação eficaz com uma pessoa com epilepsia

Comunicar-se de forma eficaz com uma pessoa com epilepsia é fundamental para garantir sua segurança e bem-estar. Algumas dicas para uma comunicação eficaz incluem:

  1. Seja claro e direto: fale com a pessoa de maneira clara e simples, evitando termos complicados ou jargões médicos. Certifique-se de que a pessoa entendeu o que você disse.
  2. Preste atenção na linguagem corporal: observe a linguagem corporal da pessoa para entender melhor como ela está se sentindo e se ela precisa de ajuda.
  3. Seja empático: mostre que você se preocupa com a pessoa e está lá para ajudá-la. Ouça suas preocupações e medos e tente encontrar soluções juntos.
  4. Seja paciente: algumas pessoas com epilepsia podem ter dificuldades de memória ou de fala durante ou após as crises, então seja paciente e dê tempo para que a pessoa se comunique.
  5. Respeite a privacidade: se a pessoa preferir não falar sobre sua condição, respeite sua privacidade e não pergunte mais do que ela está disposta a compartilhar.
  6. Esteja preparado: se você sabe que está se comunicando com alguém com epilepsia, esteja preparado para uma crise. Saiba o que fazer e esteja preparado para ajudar a pessoa a se proteger durante uma convulsão.

Suporte para Familiares e Cuidadores

Aqui estão dicas para familiares e cuidadores:

Como apoiar um ente querido com epilepsia

Aqui estão algumas maneiras de apoiar um ente querido com epilepsia:

  1. Eduque-se sobre a epilepsia: Aprenda tudo o que puder sobre a condição do seu ente querido, como os tipos de convulsões, os sintomas, as causas e os tratamentos disponíveis. Isso o ajudará a entender melhor a condição e a ser mais eficaz em seu apoio.
  2. Comunique-se: Tenha uma conversa aberta e honesta com o seu ente querido sobre a epilepsia e como ela afeta a sua vida. Pergunte como você pode ajudar e esteja disponível para apoiar sempre que necessário.
  3. Acompanhe as consultas médicas: Acompanhe o seu ente querido às consultas médicas e anote as perguntas que vocês têm para o médico. Isso pode ajudar a garantir que todas as preocupações sejam abordadas e que o plano de tratamento seja eficaz.
  4. Ajude com a medicação: Ajude o seu ente querido a lembrar de tomar a medicação prescrita nos horários corretos e certifique-se de que ele esteja seguindo as instruções do médico.
  5. Forneça apoio emocional: Conviver com epilepsia pode ser estressante e frustrante. Esteja disponível para ouvir, ofereça palavras de encorajamento e ajude a encontrar recursos de apoio, como grupos de apoio e terapeutas.

Cuidando de si mesmo como cuidador de uma pessoa com epilepsia

Cuidar de uma pessoa com epilepsia pode ser uma tarefa desafiadora e desgastante, mas é importante que os cuidadores também cuidem de si mesmos. Aqui estão algumas dicas para cuidar de si mesmo como cuidador de uma pessoa com epilepsia:

  1. Conecte-se com outras pessoas: encontre grupos de apoio para cuidadores de pessoas com epilepsia. Isso pode ajudá-lo a se conectar com outras pessoas que entendem o que você está passando e oferecer suporte emocional.
  2. Busque ajuda profissional: consulte um profissional de saúde mental se estiver se sentindo sobrecarregado ou estressado. Eles podem ajudar a ensinar estratégias para gerenciar o estresse e a ansiedade.
  3. Faça pausas regulares: é importante que os cuidadores tirem um tempo para si mesmos e descansem. Peça a ajuda de familiares e amigos para cuidar da pessoa para que você possa fazer uma pausa.
  4. Cuide da sua saúde física: cuide da sua saúde física com uma dieta saudável, exercício regular e sono adequado. Isso pode ajudar a aumentar sua energia e resistência.

Recursos para cuidadores de pessoas com epilepsia

Existem muitos recursos disponíveis para os cuidadores de pessoas com epilepsia. Aqui estão alguns exemplos:

  1. Associação Brasileira de Epilepsia: A ABRE é uma associação sem fins lucrativos que oferece suporte e informações para pessoas com epilepsia e seus familiares. Ela promove a conscientização sobre a epilepsia e trabalha para melhorar o acesso ao tratamento.
  2. Grupos de apoio: Existem muitos grupos de apoio para cuidadores de pessoas com epilepsia, tanto presenciais quanto online. Eles podem oferecer um espaço seguro para compartilhar experiências e receber suporte de outras pessoas que estão passando por situações semelhantes.
  3. Psicólogos e terapeutas: Cuidar de uma pessoa com epilepsia pode ser estressante e pode afetar a saúde mental do cuidador. É importante procurar ajuda de um profissional de saúde mental se sentir que está tendo dificuldades em lidar com a situação.

Prevenção da Epilepsia

Entenda a prevenção da epilepsia:

Prevenção primária

Infelizmente, não há medidas definitivas para prevenir a epilepsia, já que em muitos casos a condição é causada por fatores fora do controle do indivíduo, como lesões cerebrais traumáticas ou distúrbios genéticos. No entanto, algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco de lesões cerebrais traumáticas, que são uma das principais causas da epilepsia. Essas medidas incluem:

  • Usar equipamentos de segurança, como capacetes, cintos de segurança e protetores de cabeça, ao praticar atividades esportivas ou andar de bicicleta ou motocicleta.
  • Reduzir o risco de quedas em casa, mantendo o ambiente livre de objetos que possam causar tropeços, instalando corrimões nas escadas e usando tapetes antiderrapantes.
  • Evitar o consumo excessivo de álcool e drogas ilícitas, que podem aumentar o risco de lesões cerebrais traumáticas em acidentes de trânsito ou agressões.
  • Manter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas regulares para manter a saúde geral do corpo e do cérebro.

Prevenção secundária

A prevenção secundária da epilepsia se concentra em reduzir o risco de recorrência de convulsões em pessoas que já foram diagnosticadas com epilepsia. Algumas medidas que podem ajudar incluem:

  1. Adesão ao tratamento: seguir o plano de tratamento prescrito pelo médico é fundamental para reduzir o risco de recorrência de convulsões.
  2. Evitar desencadeadores conhecidos: identificar e evitar fatores que possam desencadear convulsões, como falta de sono, estresse, excesso de álcool, drogas ilícitas e certos medicamentos.
  3. Monitoramento regular: fazer consultas regulares com o médico para monitorar a condição e ajustar o tratamento, se necessário.
  4. Tratamento de condições subjacentes: se a epilepsia for causada por outra condição de saúde, como tumor cerebral ou lesão traumática, tratar a causa subjacente pode ajudar a reduzir o risco de convulsões.
  5. Educação e conscientização: aumentar a conscientização sobre a epilepsia e suas causas e sintomas pode ajudar a reduzir o estigma associado à condição e aumentar o acesso ao tratamento adequado.

Mitos e Verdades Sobre Epilepsia

Veja alguns mitos e verdades sobre a doença:

Pessoas com epilepsia não podem dirigir?

Em muitos países, as leis de trânsito requerem que pessoas com epilepsia que desejam obter uma carteira de motorista tenham que seguir alguns critérios para comprovar que estão aptas a dirigir. Esses critérios variam de acordo com o país e com as leis específicas. Em geral, a aptidão para dirigir depende do tipo de epilepsia, da frequência e gravidade das crises, do tempo livre de crises e do tratamento em uso.

Em muitos casos, é necessário que a pessoa com epilepsia fique um período de tempo sem crises antes de ser considerada apta para dirigir. O tempo necessário pode variar, mas geralmente é de seis a doze meses sem crises. Além disso, em alguns países, é exigido que a pessoa seja acompanhada por um médico especialista em epilepsia durante o processo de avaliação e que apresente relatórios médicos regulares para renovar a carteira de motorista.

É importante lembrar que a pessoa com epilepsia tem a responsabilidade de avaliar se está apta a dirigir e deve seguir as orientações do médico. Se houver dúvidas ou preocupações em relação à capacidade de dirigir, é importante buscar orientação médica antes de assumir o volante.

Epilepsia é contagiosa?

Não, a epilepsia não é contagiosa. Ela não pode ser transmitida de uma pessoa para outra pelo contato físico ou por meio do ar como ocorre com doenças infecciosas, por exemplo. A epilepsia é uma condição neurológica que pode ter diversas causas, incluindo lesões cerebrais, distúrbios genéticos, infecções, entre outras.

Epilepsia tem cura?

Infelizmente, atualmente não há cura para a epilepsia, mas o tratamento pode ajudar a controlar as convulsões e melhorar a qualidade de vida das pessoas com a condição. O tratamento é geralmente realizado com medicamentos antiepilépticos, mas em alguns casos, a cirurgia pode ser uma opção. É importante enfatizar que cada caso é único e o tratamento deve ser personalizado para atender às necessidades individuais do paciente.

FAQ

A epilepsia é uma condição neurológica crônica caracterizada por episódios recorrentes de atividade cerebral anormal, resultando em convulsões. Essas convulsões ocorrem devido a descargas elétricas excessivas e desordenadas no cérebro, que podem afetar a consciência, o movimento e as sensações de uma pessoa.

É importante ressaltar que a epilepsia é uma condição crônica, mas muitas pessoas com epilepsia podem levar uma vida normal e ativa com o devido tratamento e cuidados adequados. O apoio médico, o manejo dos medicamentos e a adoção de um estilo de vida saudável são fundamentais para ajudar a controlar a epilepsia e minimizar seus impactos na qualidade de vida do indivíduo.

Os sintomas da epilepsia podem variar de pessoa para pessoa e depender do tipo de convulsão ou do tipo específico de epilepsia. Os principais sintomas podem incluir:

  1. Convulsões
  2. Alterações sensoriais
  3. Mudanças cognitivas e emocionais
  4. Automatismos

A epilepsia pode ter uma componente genética em alguns casos, mas nem todas as formas de epilepsia são hereditárias. Estudos mostraram que em torno de 30% dos casos de epilepsia têm uma predisposição genética, enquanto os outros 70% têm causas adquiridas ou desconhecidas.

O tratamento para a epilepsia geralmente envolve o uso de medicamentos antiepilépticos para controlar as convulsões. O objetivo do tratamento é reduzir a frequência e a gravidade das convulsões, proporcionando uma melhor qualidade de vida para a pessoa afetada. O médico especialista em epilepsia irá prescrever o medicamento mais adequado com base no tipo de epilepsia, nos sintomas e nas características individuais do paciente.

A epilepsia é geralmente uma condição crônica, o que significa que não há uma cura definitiva para a epilepsia em todos os casos. No entanto, muitas pessoas com epilepsia conseguem controlar suas convulsões e levar uma vida plena e saudável com o tratamento adequado.

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